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Servidora analisa perspectiva de formação dos currículos de cursos técnicos do Campus JF

O estudo foi conduzido por Anelisa de Castro Quintão no Mestrado Profissional ofertado pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT).

“Mundo do Trabalho ou Mercado de Trabalho: Concepções de Educação Profissional em Currículos de Cursos Subsequentes/Concomitantes do IF Sudeste MG/Campus Juiz de Fora” é título da dissertação da pedagoga Anelisa de Castro Quintão, desenvolvida no Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica, ofertado no Campus Rio Pomba. Ela estudou os currículos que se enquadram no eixo tecnológico de controle e processos industriais, buscando avaliar em qual perspectiva de formação se referenciam e se possuem elementos de formação para o mundo do trabalho e/ou para o mercado de trabalho.

Lotada no Centro de Ações Pedagógicas, a servidora se interessou por estudar os currículos dos cursos técnicos subsequentes/concomitantes do Campus Juiz de Fora ao se deparar, durante o mestrado, com a diferenciação entre perspectivas de formação para o mundo ou para o mercado de trabalho, quando passou a refletir sobre a relevância da formação humana dos trabalhadores e do papel social desempenhado pela educação profissional. A formação para o mundo é aquela que leva em conta o desenvolvimento integral dos sujeitos, inclusive com formação humana, e que os conhecimentos adquiridos possam ser utilizados em sua vida, não apenas no emprego. Já a formação para o mercado seria aquela que se restringe à preparação para o exercício de uma atividade remunerada, com uma visão reducionista de trabalho como sinônimo de emprego.

Anelisa conduziu entrevistas com os coordenadores dos cursos e analisou os projetos pedagógicos de cada um. Na fala dos entrevistados e nos planos didáticos, aparecem a preocupação com a preparação dos discentes para desenvolverem uma atividade remunerada, mas ressaltam, também, a formação cidadã crítica, enfatizando que os cursos oferecem um forte embasamento teórico para que os estudantes compreendam as atividades que realizam no trabalho e não sejam meros executores. No entanto, há obstáculos a serem superados. “(Os coordenadores) reconhecem a dificuldade para a oferta de disciplina de formação humana, devido a falta de carga horária e a necessidade de conscientização do corpo docente, apesar de considerarem de grande importância tal formação”.

Para a servidora, desta forma, ficou evidente a necessidade de formação continuada da comunidade escolar a respeito dos princípios de uma educação profissional emancipatória. Por isso, como produto educacional, foi elaborado um guia sobre educação profissional que pode ser utilizado como instrumento de formação e sensibilização, que tem como objetivo apresentar as diferentes concepções acerca do trabalho na contemporaneidade.

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