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Laboratório de Biologia da Conservação do IF Sudeste MG- Campus Barbacena divulgou relatório de estudo que indica redução da Taxa de Transmissão do vírus SARS- CoV-2

A taxa de transmissão do vírus encontra-se em 0,36, ou seja, houve redução em relação à anterior que era 1,46

O relatório é o produto do trabalho do Laboratório de Biologia da Conservação do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais – Campus Barbacena e sua equipe de pesquisadores que se reuniram desde 19 de março de 2020 no intuito de acompanhar a evolução e a dispersão do vírus SARS-CoV-2. Neste momento o trabalho tem realizado a avaliação dos dados de Barbacena, da sua Microrregião e de Minas Gerais e os apresenta com a compilação desses na forma gráfica e discutida.

Para análise dos dados são utilizados os dados coletados de sites oficiais do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais.

A taxa de transmissão do vírus encontra-se em 0,36, ou seja, houve redução em relação à anterior que era 1,46. Portanto, com a taxa de transmissão atual, pode-se interpretar que no Município de Barbacena, 100 pessoas infectadas transmitem para outras 36 pessoas. Esse índice deve ser avaliado em conjunto com outros dados e indicadores sobre a COVID-19.

Em epidemiologia, uma das medidas mais importantes ao se estudar uma doença é o número básico de reprodução, R0. Essa medida indica o número médio de casos secundários produzidos por um único indivíduo infectado em uma população totalmente suscetível. É através deste número que é possível determinar se uma epidemia está crescendo fora do controle ou não.

O valor observado da taxa de crescimento r pode estar relacionado ao valor do número reprodutivo R por meio de uma equação linear: R = 1 + r Tc (ANDERSON; MAY, 1991; WALLINGA; LIPSITCH, 2006). Neste caso, Tc é o intervalo médio de geração, definido como a duração média entre o tempo de infecção de uma pessoa (infeccioso secundário) e o tempo de infecção daquele que a transmitiu (infeccioso primário) (às vezes isso é chamado de intervalo serial ou tempo de geração). (WALLINGA; LIPSITCH, 2006).O resultado é, após a reorganização, uma equação exponencial: R = exp(r Tc). Aqui, Tc é o tempo de geração de coorte, um análogo demográfico do intervalo de geração média epidemiológica (WALLINGA; LIPSITCH, 2006).Com a propagação de doenças infecciosas com altas taxas de transmissibilidade, muitas pessoas se infectam e, em diversos casos, indivíduos que já foram infectados podem tornar-se resistentes, não pertencendo mais ao grupo de suscetíveis. Para contornar o problema, foi proposto o número efetivo de reprodução, Rt. Essa medida indica o número de casos secundários produzidos em média por um indivíduo infeccioso em uma população onde nem todos são suscetíveis.

De acordo com a Equipe do JF Salvando Todos, a estimação do Rtpoderia ser simples se tivessemos conhecimento a respeito de “quem infectou quem”. Dessa forma, seria possível criar uma rede de infecção na qual os casos são conectados se uma pessoa infectou a outra. A partir daí, oRtenvolveria simplesmente contar o número de infecções secundárias por caso.No caso específico da Covid-19, um estudo feito por Nishiura, Linton e Akhmetzhanov (2020) mostrou que o Sars-Cov-2 possui um comportamento um tanto quanto peculiar. Segundo o artigo, o intervalo serial possui uma distribuição Log-Normaltruncada com média 4,8 (IC 95% 3,8 - 6,1) e desvio padrão 2,3 (IC 95% 1,6 - 3,5).

Confira o relatório completo

 

 

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