Mamíferos ameaçados de extinção no Brasil é tema de artigo da equipe da Pós-graduação em Áreas Protegidas em conjunto com o Grupo de Pesquisas em Áreas Protegidas

Os problemas ambientais ultrapassam as fronteiras territoriais e a natureza - alvo de degradações – encontra-se no foco de muitos problemas e de muitas doenças emergentes – como a do coronavírus. Visando conhecer em parte os problemas,  foi realizada a pesquisa sobre os mamíferos (Classe Mammalia) ameaçados de extinção.

Mas, quem são os mamíferos? São animais de sangue quente, que podem viver em ambientes terrestres (exemplo, macaco, tatu), aquáticos (golfinho, baleia) e aéreo (morcego).

Ainda, quais estão ameaçados de extinção e quem os estuda?

Os ameaçados são centenas no Brasil e no mundo são milhares. Quem estuda e produz as listas vermelhas é a equipe da União Internacional para a Conservação da Natureza (International Union for Conservation of Nature – IUCN), sendo esta iniciativa espraiada a outros países, como o Brasil.

Como minimizar os efeitos de extinção? Manter os habitats, criar e conservar as Áreas Protegidas.

A pesquisa sobre os mamíferos ameaçados de extinção foi tema da monografia de Kenia Cristina Sfredo Ferreira, sendo realizada na Pós-graduação em Planejamento e Gestão de Áreas Naturais Protegidas do Instituto Federal Sudeste MG, Barbacena. Os resultados da breve revisão das doze listas da IUCN contendo mamíferos (de 1964 a 2018) e das oito listas do Brasil (de 1968 a 2018) permitiu verificar que a cada lista aumentava o número de espécies ameaçadas – fato relevante – e que haviam espécies numa lista e as mesmas não constavam da lista subsequente – fato indicativo de que a proteção implementada na conservação de Áreas Protegidas teve efeito de minimizar a extinção de mamíferos.

O artigo foi publicado na Revista Brazilian Journal of Animal and Environmental Research com o título “IUCN’s red list of threatened species: its importance in the conservation of mammals in Brazil”.

A língua inglesa utilizada se deve à abrangência do tema, por interessar a pesquisadores de muitas nacionalidades. Para conhecer essa pesquisa é ler o artigo publicado em 2023 no volume 6, número 2, páginas 1802-1831 que pode ser acessado pelo link: <https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJAER/article/view/60775/43908>).

O artigo conta com a coautoria dos professores do IF Barbacena: José Emílio Zanzirolani de Oliveira, coorientador de Kenia e vice-líder do Grupo de Pesquisa em Áreas Protegidas – GAP (CNPq); Geraldo Majela Moraes Salvio, orientador de Kenia, líder do Grupo de Pesquisa em Áreas Protegidas – GAP (CNPq) e membro da IUCN.

Os autores afirmam que “o conhecimento dos fatos ocorridos nos prepara a atitudes atuais e futuras mais conscientes – temos que reconhecer que os mamíferos somos nós e que a ameaça a estes seres são, em escala, a ameaça aos humanos”.

Importante os trabalhos dos pesquisadores, que percebem e indicam os caminhos do futuro, sendo este o norte das ações do GAP e a Pós-graduação em Áreas Protegidas no IF Barbacena.

Fonte: José Emílio Zanzirolani de Oliveira, Geraldo Majela Moraes Salvio e Kenia Cristina Sfredo Ferreira