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Professor publica artigo sobre Tecelagem Mascarenhas em Juiz de Fora

O texto é fruto de projeto de pesquisa realizado pelo professor Luís Eduardo Oliveira, do Núcleo de História.

“Fábrica de Fiação e Tecelagem Bernardo Mascarenhas” é o título do artigo acadêmico escrito pelo professor Luís Eduardo Oliveira, do Núcleo de História, publicado na seção "Lugares de Memória dos Trabalhadores" do site do Laboratório de Estudos de História dos Mundos do Trabalho da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lehmt/UFRJ). O texto trata da trajetória da Tecelagem Mascarenhas entre as décadas de 1880 e 1980, realçando tanto a evolução do parque fabril dessa empresa quanto às razões para que esse antigo sítio industrial possa ser pensado, no presente, como um dos mais importante locais de memória para a História Social de Juiz de Fora.

De acordo com o professor Luís Eduardo, o artigo é um dos resultados da pesquisa “Cotidiano, associativismo e reivindicações operárias em Juiz de Fora nos anos 1920”, desenvolvida por ele nos últimos anos letivos. O docente destaca também que, a partir do ano-letivo de 2021, o projeto ganhará nova formulação, para privilegiar também os estudos de outros importantes locais de memória para a História Social de Juiz de Fora, como as instalações da antiga Fábrica dos Ingleses (Morro da Glória) e os sítios históricos  situados entre as praças do Riachuelo, Antônio Carlos e da Estação, no centro da cidade.

A pesquisa surgiu com objetivo de associar as atividades desenvolvidas por ele como professor de História no Ensino Integrado do Campus Juiz de Fora, ao trabalho como historiador, com fontes digitalizadas de diversos acervos de instituições nacionais e locais. “A partir da análise edições dos anos 1920 de jornais juizforanos como O Pharol, o Jornal do Commercio e A Gazeta Mercantil, por exemplo, é possível compreender a dinâmica e a estrutura produtivas das principais fábricas da antiga Manchester Mineira e também as características centrais das relações de trabalho existentes em grande estabelecimentos industriais na época, como a Companhia Pantaleone Arcuri, a Companhia Mineira de Eletricidade, a Mecânica Mineira, a Tecelagem Mascarenhas e a Companhia de Fiação e Tecelagem Industrial Mineira, dentre muitas outras empresas”.

Segundo o professor, a proposta de identificar e analisar os lugares de memória dos trabalhadores, por sua vez, atende a uma perspectiva bem distinta, que em síntese pode ser resumida na intenção de colocar os inúmeros homens e mulheres que a cada época e geração compuseram o proletariado local - especialmente a força de trabalho dos grandes estabelecimentos industriais - como elementos centrais do longo processo de construção de nossa história social e econômica. “Nesse sentido, como procurei demonstrar no texto sobre a Tecelagem Mascarenhas, é plenamente possível e mesmo desejável mobilizar memórias afetivas sobre espaços tão emblemáticos como os prédios originais do Centro Cultural Bernardo Mascarenhas  - que frequento desde a adolescência e onde assisti muitos dos filmes, shows musicais e espetáculos teatrais que julgo fundamentais para a minha formação humanística - para promover uma reflexão sobre uma das tradições mais importantes da população de nossa cidade: a realização pacífica e organizada de grandes protestos populares pela democracia, em defesa dos direitos de cidadania e contra as mais diversas formas de preconceito e injustiças sociais”.

O artigo pode ser acessado através deste link.

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