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Projeto de extensão promove o resgate da identidade juiz-forana através do futebol

Serão produzidos, a partir do projeto, materiais didáticos que narram fatos importantes sobre o Tupi Football Club, associando com registros da nossa história local

O projeto de extensão "O ‘Galo Carijó’ e seu lugar na identidade Juiz-forana - Um resgate do ‘Fantasma do Mineirão’" foi desenvolvido com o objetivo de resgatar a história do clube, a fim de compreender a importância da atuação do time na afirmação da identidade juiz-forana. O projeto é uma iniciativa do professor do núcleo de Geografia, Ciro Vale.

Com o intuito de construir um mosaico com os principais fatos sobre o time mineiro, está sendo desenvolvido o documentário “O Carijó cantou: a história do Tupi Football Club”, produzido pelo coordenador do projeto, conjuntamente com o professor Emerson Muniz, do núcleo de Geografia, o professor e pesquisador externo, Léo Lima, e o bolsista envolvido no projeto João Gabriel Pinheiro. A produção do audiovisual está em fase de pesquisa, na qual estão sendo estudados documentos na Hemeroteca Digital Brasileira para que, posteriormente, sejam realizadas as entrevistas produzidas com jogadores, dirigentes e torcedores do Tupi. 

Ao final do projeto, será desenvolvida, em parceria com a professora Patrícia Botelho, do núcleo de Línguas, a confecção da revista em quadrinhos (HQ), “Fantasma do minerão”, a qual abordará a vasta história do Galo Carijó, como afetivamente o clube é conhecido, associando sua história à própria história local de Juiz de Fora. Ambos os produtos elaborados serão distribuídos para instituições de ensino da cidade, incluindo o Instituto Federal. Dentre as parcerias firmadas, está a Escola Municipal Bela Aurora para o recebimento do material em questão. 

“Buscaremos selecionar e organizar em ordem cronológica os principais fatos, jogos e personagens do Tupi que tiveram grande representatividade na história do clube. Teremos ainda a oportunidade de compreender o processo de sucateamento do patrimônio da agremiação e as mudanças espaciais ocorridas na cidade. Outro aspecto importante do projeto é refletir sobre o sentimento de pertencimento dos cidadãos juiz-foranos a partir de sua identificação com o time do Tupi e com os equipamentos urbanos relacionados ao time”, explica Ciro.

Considerando o protagonismo do Tupi no futebol mineiro, especificamente na década de 1960, a recuperação histórica do clube visa despertar nos bolsistas e na comunidade em geral o interesse pela pesquisa e pela história local, trazendo a compreensão dos processos de transformação do meio social e como se dá o desenvolvimento do presente vivido pela atual sociedade, associando as transformações com conceitos da ciência geográfica, como espaço, paisagem, lugar dentre outros. 

“Estamos em uma etapa crucial do desenvolvimento do projeto. Todos os bolsistas já têm a dimensão da responsabilidade dos produtos que serão confeccionados e o quão importante é o trabalho em equipe, pois tanto a confecção da HQ, quanto a produção do documentário passam pela criatividade e inventividade de nossos estudantes. A supervisão dos trabalhos se dá a partir da orientação dos profissionais envolvidos”, aponta Ciro. 

Os encontros com os bolsistas ocorrem semanalmente para o alinhamento e elaboração das entrevistas a serem realizadas, objetivando ressaltar a importância da pesquisa para que as entrevistas tenham profundidade e se desenvolvam conforme previsto no roteiro. 

Segundo o coordenador do projeto, é esperado que seja possível contribuir para despertar a importância da preservação da memória do futebol regional, em especial do Tupi, e possibilitar a abertura de parcerias com estudiosos do esporte local, fortalecendo assim nossa cultura. “Seria ótimo apresentar à atual geração a possibilidade de conhecer o futebol local e a relação forte que o Galo Carijó possui com a nossa comunidade”, finaliza Ciro. 

Os discentes participantes do projeto certamente terão maior interesse pela pesquisa da história de Juiz de Fora e dos agentes culturais que marcaram o tempo e o espaço.  Para a comunidade, será possível conhecer e relembrar as principais manifestações culturais ocorridas na cidade na década de 1960, como o Baile Preto e Branco, que contagiava a cidade no carnaval. O resgate dessas memórias busca despertar o sentimento de pertença em nossa comunidade e valorizar nossa história, tão única e singular.

Os resultados da pesquisa e alguns conteúdos desenvolvidos no projeto podem ser acessados através do Instagram e do site,  que está sob supervisão do colaborador Léo Lima e do professor Emerson Muniz. No site são disponibilizadas histórias do Tupi e casos pouco noticiados na imprensa local.

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