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Eu aluno, professor e diretor: A estória de uma história

Livro autobiográfico lançado em 2019 rememora mais de quatro décadas da trajetória do professor Azelino Lima e narra grande parte da história do Campus JF.

Na autobiografia lançada em 2019, o professor Azelino César Lima narra suas memórias desde a infância até sua relação com o meio acadêmico, citando sua trajetória no IF Sudeste antes mesmo de sermos um Instituto Federal. Contada sob a ótica de histórias reais e de caráter ficcional, a narrativa traz acontecimentos que se cruzam em diversos momentos. Assim, constrói-se a trajetória de mais de quatro décadas, abordando aspectos marcantes desde a infância à sua passagem de aluno para professor e diretor do antigo Colégio Técnico Universitário (CTU). 

Azelino  foi aluno do antigo CTU, no qual ingressou no curso técnico profissionalizante em nível médio em junho de 1964, sendo diplomado com o título de Eletrotécnico em 1967, mas não encerrou sua passagem nesse período. Após trabalhar em São Paulo, o professor regressou a Juiz de Fora, e passou a lecionar para os cursos técnicos em Eletrotécnica e Eletromecânica. Após esse período, foi coordenador de curso, chefe de departamento e posteriormente Diretor Geral da instituição. 

Em seu mandato de 1989 a 1995, Azelino foi responsável por conseguir a alocação da sede atual, assim como também idealizou o campus como o conhecemos hoje. Promoveu ações fundamentais para que o antigo CTU vinculado à Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) passasse a ser uma instituição autônoma, com sede e administração própria. 

Para que isso fosse possível, foi necessário criar uma identidade para o Colégio Técnico, ou seja, uma representação legal para reivindicar direitos e criar demandas próprias. Desta forma, Azelino fundou o Conselho Nacional de Diretores de Escolas Técnicas vinculadas às Universidades Federais (Condetuf) em 1991, a partir do qual foi possível formalizar as demandas internas e efetivamente iniciar a transição do Colégio Técnico para um Instituto Federal. 

“Minha proposta, que muita gente estranhou, foi tirar o CTU da Universidade. Eu tinha uma promessa e tinha que cumprir. O passo inicial era a desvinculação material. E, para que isso pudesse acontecer, tivemos que experimentar várias possibilidades. Precisávamos de apoio político. A primeira pessoa que procurei na época foi o Presidente Itamar Franco. Mandei uma carta falando que queríamos transformar o CTU em uma Escola Técnica e ele deu total apoio”, relembra. 

Após a decisão de onde seria o campus, em 1993 iniciou-se a construção no novo espaço, e mesmo quando já estava praticamente finalizado, o espaço ficou inativo. Foi então no mandato da reitora da UFJF, professora Margarida Salomão, em que deu início às atividades administrativas e acadêmicas no campus Juiz de Fora. 

Em seu livro, Azelino relata que “finalmente, em novembro de 1998, as novas instalações do Colégio Técnico Universitário no Bairro Fábrica foram repassadas pela nova Reitora da Universidade Federal de Juiz de Fora, período 98/06, à comunidade CTU e entregue ao povo, ainda que se lhe faltassem algumas das partes constantes do Projeto original”. 

Assim, construindo aos poucos uma longa trajetória, as ações de Azelino estão marcadas na história do instituto e  influenciam as vivências de cada um que por aqui passa. No livro, esses relatos que entrelaçam sua vida pessoal com o magistério são narrados como possíveis acasos que podem ter sido as razões que o levaram a vida acadêmica e ao magistério, revelando seu amor pela sala de aula. 

As experiências vividas enquanto diretor demonstram que seu legado é transformador, fazendo do IF Sudeste um espaço de constante mutação, mas que, no entanto, mantém viva suas raízes e memórias. “O CTU é uma casa tradicional, de muitas lembranças e principalmente, um local que sempre teve continuidade em si mesmo e precisa continuar evoluindo. Não tem Instituição que faça a sua história, são as pessoas que fazem a história. Eu não quero saber de nomes. O que importa são as pessoas que estão lá. Elas são donas do presente e do futuro. Principalmente os alunos”, finaliza Azelino. 

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