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TCC aborda a importância do ensino da educação sexual nas aulas de Educação Física

A defesa foi apresentada pela professora de Educação Física, Juliana Souza, como trabalho de conclusão da especialização em Metodologia da Educação Física Escolar.

Para a conclusão da pós-graduação em Metodologia da Educação Física Escolar, a professora Juliana Souza apresentou para a banca de avaliação sua pesquisa sobre “Educação sexual nas aulas de Educação Física: um olhar sobre a produção acadêmica brasileira". Sob orientação do professor Miguel de Faria, do Núcleo de Educação Física, o trabalho foi desenvolvido com o intuito de elaborar um mapeamento na literatura sobre publicações que tratam do tema analisado. 

O tema foi delimitado a partir dos conhecimentos obtidos com o curso  e pesquisas desenvolvidas acerca do ensino da educação sexual nas escolas e sua aproximação com a educação física através de diálogos entre importantes autores da área. Através do mapeamento pode-se constatar como há poucos estudos a respeito da temática específica. De acordo com a revista Gênero e Número, apenas 3 estados do Brasil orientam escolas a terem disciplinas de educação sexual, sendo que 14,4% dos alunos entrevistados reconheceram situações de abuso, dentre eles, abuso sexual. 

Em documento disponibilizado pelo Ministério da Educação (MEC), cita  a “importância de se incluir Orientação Sexual como tema transversal nos currículos, isto é, discorre sobre o papel e a postura do educador e da escola, descrevendo, para tanto, as referências necessárias a melhor atuação educacional ao se tratar do assunto, trabalho que se diferencia do tratamento da questão no ambiente familiar”. 

No entanto, apesar da discussão sobre o ensino da educação sexual nas escolas ter se intensificado a partir de 1970, ainda é muito escasso o acesso à informação, tendo em vista a ausência de diretrizes nacionais para gênero e sexualidade. “Percebi que, muitas das vezes, o preconceito e a discriminação vêm da falta de conhecimento sobre o assunto. A falta de conhecimento permite que as informações trazidas de geração em geração – a herança cultural – se instalem em nossas mentes transformando-se em verdade e sendo facilmente propagadas”, aponta Juliana. 

Nesse cenário de escassez de obras acerca do tema, Juliana delimitou a metodologia do trabalho: verificar e catalogar a produção acadêmica brasileira, alinhavando os temas. A partir da análise de cinco obras encontradas foi possível estabelecer a associação entre a educação nas aulas de educação física e o ensino da educação sexual, o que levou a compreender, nas considerações finais, o importante papel da escola no ensino da educação sexual, em especial a estreita relação com a educação física. Juntamente também com a importância da preparação de docentes aptos a trabalharem com a temática em suas aulas.

Com a proposta de agregar conhecimento acerca do tema e contribuir para que esse trabalho possa orientar e abrir portas para futuros pesquisadores da área, Juliana afirma a importância de “mostrar como a educação sexual está em nosso agir, em nosso ser e como é importante trabalhar a educação sexual nas escolas para edificar seres humanos melhores, mais empáticos, capazes de transformar, para melhorar, a compreensão sobre a temática em nossas vidas. E passar, assim, para a próxima geração uma melhor versão de nós mesmos”.

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