Geral
Com prototipagem, Campus Santos Dumont inicia ciclo de oficinas criativas para a comunidade
#pratodosverem: Imagem mostra trabalho desenvolvido em conjunto por estudantes do curso técnico em Automação Industrial e participantes da oficina. Eles estão sentados a uma mesa circular, com diversos materiais simples para a confecção de protótipos.
A partir deste mês, o Campus Santos Dumont do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais (IF Sudeste MG) oferece à comunidade uma série de oficinas criativas voltadas à chamada “cultura maker”, que propõe aos participantes o aprendizado a partir da prática. Os primeiros encontros foram realizados no Laboratório IFMaker da instituição, nos dias 21 e 26 de agosto, com o tema “Prototipando ideias com materiais simples”.
Prototipar é tirar uma proposta do papel. No universo da Educação, tem tudo a ver com aprender fazendo. E foi assim que trabalharam os participantes da oficina: a partir de uma ideia, a ser desenvolvida com a ajuda de vídeos no YouTube ou do ChatGPT, eles utilizaram materiais simples para construir protótipos em poucos minutos e verificar se os projetos seriam realmente viáveis. Foram montados um suporte de celular confeccionado com papelão, um jogo de basquete que auxilia o ensino de Geometria, um quadro sensorial para pessoas com deficiência visual ou baixa visão e um jornal.
A cultura maker na Educação
O principal objetivo das oficinas criativas é auxiliar educadores na compreensão de todas as possibilidades da cultura maker no ensino. Ao testar a funcionalidade de um objeto, o discente é estimulado a buscar soluções e a compreender melhor os processos do conteúdo que está sendo apresentado.
Alunos do curso técnico em Automação Industrial no IF Sudeste MG, Daiane Ribas, Kahena Dias, Marcelino Cunha e Túlio Villanova foram responsáveis pela oficina ao lado do coordenador do Laboratório IFMaker, professor Luciano Gonçalves. “A cultura maker torna mais lúdico o aprendizado. Você faz e vê acontecer”, comenta Daiane.
Para Túlio, um dos aspectos mais importantes é a chance de identificar possíveis falhas nos projetos. “Nem sempre um protótipo vai funcionar. Então, se a gente percebe, por exemplo, que ele ficou num tamanho maior do que o necessário, podemos trabalhar ali mesmo para corrigir”, avalia o estudante, cuja primeira experiência com a cultura maker foi com a impressora 3D, também no Laboratório IFMaker.
Professora dos anos iniciais do Ensino Fundamental na Escola Municipal Rocha Pombo, em Juiz de Fora, Rayanny Souza Carvalho participou da oficina e se interessou pela cultura maker aplicada à Educação. “Os estudantes precisam muito dessa linguagem mais lúdica, que permite ir além da escrita. A gente vê também que o excesso de uso de telas e tecnologias digitais afeta as crianças. Então é necessário sair um pouco disso e colocar a mão na massa”, pondera.
A próxima oficina criativa a ser oferecida à comunidade no Laboratório IFMaker, prevista para outubro, será sobre Programação.