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Projeto leva Informática a pessoas com mais de 50 anos

Primeiras aulas foram voltadas à parte física do computador; próxima etapa incluirá navegação na internet
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Estudantes do curso Informática para a Melhor Idade acompanham abertura da terceira aula

É fim de uma fria tarde de quinta-feira (15 de agosto), e um grupo de 20 pessoas com mais de 50 anos está prestes a falar sobre (e praticar) Computação no Campus Santos Dumont. Já é o quarto encontro – e a terceira aula de fato – do projeto Informática para a Melhor Idade, que a unidade do IF Sudeste MG criou para atender a um público que não cresceu cercado pelo universo digital, mas que precisa eventualmente se adaptar a ele. 

Não apenas a qualificação é importante. A socialização e a empatia também têm sua relevância, como aponta Marlene Carvalho. “A gente fica muito feliz”, disse a aluna, “porque tem muitos cursos básicos, mas com vários jovens. Acho que eu sairia de um desses cursos do mesmo jeito que entrei. Aqui é diferente, nós somos da mesma geração. A gente tem medo de computador, mas aqui está vendo que não é um bicho de sete cabeças. Fico muito feliz por terem pensado na gente”. 

“O mundo está muito avançado. Daqui para frente, é só internet mesmo. Eu achava que não teria capacidade de entrar numa sala de aula para aprender. Mas, quando surgiu essa oportunidade, falei com minha filha, que estuda aqui, para fazer minha inscrição. Achei que não seria sorteada (a turma foi formada a partir de sorteio, considerando que o número de interessados foi superior ao de vagas)”, completou Marlene. 

“Minha esposa me convidou para vir (ao IF) com ela”, contou Sebastião Gonçalves, “ela é quem faria a inscrição. No fim das contas, acabei me inscrevendo e sendo sorteado, e ela não. Agora eu estou gostando muito. Tinha mexido muito pouco (em computador), mas, se você me perguntar hoje aqui o nome de uma peça, eu sei falar”. Isso porque as primeiras aulas do projeto foram dedicadas a hardware (parte física do computador). Em seguida, o curso avançará a internet, pesquisa e jogos e, na fase final, editores de texto e planilhas. 

Maria José Mattos também venceu a própria desconfiança. “Minha filha está estudando no IF à noite e disse que eu precisava fazer o curso. Aí eu falei com ela 'mas eu não sei nem mexer no celular direito', e ela respondeu 'você tem que aprender'. Esse curso é muito bom para trabalhar com a mente. Estou feliz, parecendo uma criança que ganhou um doce. Chego lá em casa e 'gente, eu aprendi isso, foi ótimo'”, detalhou. 

O projeto é coordenado pelos professores Wesley Maciel e Luciano Gonçalves e conta com a atuação dos estudantes bolsistas Leandro Honorato, Anisberta Reis e Celine Vasconcelos. As aulas são realizadas sempre às quintas-feiras de 17h a 19h.

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