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Ensino

Visita técnica oportuniza inclusão social e atitudinal a estudante do Campus Santos Dumont do IF Sudeste MG

Trabalho desenvolvido pelo Núcleo de Ações Inclusivas da unidade do Instituto Federal amplia horizontes para alunos
#pratodosverem: imagem com duas fotos: na primeira o aluno Lucas recebe a réplica de um ônibus de presente de um homem adulto, funcionário da empresa Transur; na segunda eles posam para a foto em frente a um ônibus.

#pratodosverem: imagem com duas fotos: na primeira o aluno Lucas recebe a réplica de um ônibus de presente de um homem adulto, funcionário da empresa Transur; na segunda eles posam para a foto em frente a um ônibus.

Conhecer a rotina de empresas, os processos de trabalho e as oportunidades que o mercado oferece é parte da atividade escolar dos estudantes de cursos técnicos no Campus Santos Dumont do IF Sudeste MG. Por isso, as visitas técnicas são momentos aguardados, sendo um elemento de grande importância no percurso profissional dos discentes e uma oportunidade de estreitar laços entre a escola e as empresas.

Este movimento ganha um contorno especial quando é pensado e realizado a partir de ações inclusivas, que visam a socialização e inserção dos estudantes com demandas específicas no universo do trabalho. Nessa perspectiva, a visita técnica realizada no dia 28 de abril foi cheia de expectativas e entusiasmo. O estudante Lucas de Oliveira Feliciano, do curso técnico em Transporte de Cargas, visitou a empresa de transportes Transur, em Santos Dumont. A ação foi conduzida pela monitora inclusiva Carolina Sasso, estudante do curso de graduação em Engenharia Ferroviária e Metroviária.

Para a monitora, a visita representou uma aproximação entre as atividades escolares e os interesses do estudante, além de uma forma de motivação para ele. “Eu acredito que é importante eu entender a linguagem do Lucas, os gostos, as afinidades dele, para eu conseguir transmitir o conhecimento que tenho e ajudá-lo da melhor maneira possível”, observa Carolina. 

Com isso em mente, a monitora viu na visita à empresa de transportes uma oportunidade para contribuir com a prática escolar do aluno. “O Lucas sempre apresentou uma vontade enorme em trabalhar com ônibus, ele gosta muito. Então, foi uma forma de acrescentar (esse viés) às monitorias. Eu pensei em levá-lo até a Transur para ele poder vivenciar um pouco do cotidiano da empresa, conhecer o ônibus mais de perto e conversar com os funcionários para isso incentivá-lo no curso”, destaca Carolina.

Ao ser questionado sobre a visita, Lucas não esconde a empolgação respondendo logo “gostei muito de entrar no ônibus, ver o painel, como funciona tudo, só faltou ver o motor”. Mas isso ele pode fazer observando a réplica do ônibus que ganhou de presente da empresa, como ele comenta: “no meu ônibus dá para ver o motor.”

A monitoria inclusiva é realizada pelo Núcleo de Ações Inclusivas (NAI), sendo um instrumento para auxiliar a aprendizagem de conteúdo de forma individualizada, fornecendo suporte ao ensino. O trabalho do NAI se “baseia na implementação de ações adaptativas, buscando a promoção da equidade para que o discente tenha sua permanência garantida e possa obter êxito ao final do curso e ingressar no mercado de trabalho”, explica Luciana Dornelas, coordenadora do Núcleo no Campus Santos Dumont. 

Por uma educação inclusiva 

Quando falamos de inclusão, as demandas e conquistas são compartilhadas pelo estudante, a família e uma equipe multidisciplinar que atua em várias frentes para auxiliar o estudante na vida social e profissional. No caso do Campus Santos Dumont, as atividades se concentram no NAI e na Assistência Estudantil, contando com o apoio de todos os servidores da instituição.

Nesse sentido, para a realização de um trabalho articulado, a pedagoga Elisangela Moraes coordena, desde 2019, o projeto de ensino “Colocando a aprendizagem nos trilhos”, que tem como abordagem o resgate de conteúdos curriculares do ensino fundamental, em especial Português e Matemática. Para tanto, o processo de ensino-aprendizagem é trabalhado a partir da realidade do estudante e das necessidades dos cursos. O projeto, que foi elaborado para atender um estudante, hoje já consegue atender vários e conta com o auxílio da bolsista Flaviani Amaral, também aluna do curso de graduação em Engenharia Ferroviária e Metroviária.

Elisangela comenta que o projeto anda lado a lado com a monitoria inclusiva e outras ações do NAI. “A nossa escola é uma escola profissionalizante. A partir do momento em que a gente entende que o sucesso da escola é exatamente o encaminhamento dos nossos alunos para o mundo do trabalho, a nossa responsabilidade dobra em relação aos projetos de inclusão escolar”, afirma a pedagoga. Com isso, “buscar a inserção dos estudantes no mercado de trabalho e a autonomia financeira faz parte da inclusão social. E a instituição se torna de extrema importância para o estudante e a família”, destaca Elisangela.

Por isso, o trabalho em conjunto com o setor de estágios do campus é fundamental, como observa a coordenadora do NAI, Luciana Dornellas: “as empresas têm vagas reservadas às pessoas com deficiência; nós, por meio da interlocução entre setor de estágio e empresa, podemos criar um vínculo que beneficia todos, principalmente o estudante.”

“Assim, é muito importante que haja uma interação entre a escola e as empresas”, completa a pedagoga Elisangela Moraes.

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