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Engenharia Ferroviária e Metroviária do IF Sudeste MG em Santos Dumont recebe nota máxima do MEC

Formação obteve o conceito 5 e se tornou o Bacharelado em Engenharia Ferroviária mais bem avaliado do país
Exibir carrossel de imagens #pratodosverem: Imagem mostra estudantes de Engenharia durante congresso do GPAA

#pratodosverem: Imagem mostra estudantes de Engenharia durante congresso do GPAA

É raro encontrar alguém de Santos Dumont que não conheça ao menos uma pessoa que dedicou sua vida profissional à ferrovia. A importância histórica do trem passa pelas origens do município, as oportunidades da Rede Ferroviária Federal e da Escola Profissional no século passado, a memória preservada e um presente e futuro impulsionados pela educação. O Campus Santos Dumont do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais, instituição que valoriza e leva adiante esse legado, obteve na última semana uma grande conquista: sua graduação em Engenharia Ferroviária e Metroviária recebeu nota máxima (5) do Ministério da EducaçãoA Terra do Pai da Aviação também é a Terra de Engenheiras e Engenheiros.

“Alcançar a nota máxima (5) na avaliação do MEC é um feito notável e significa muito mais do que simplesmente uma ‘nota boa’. É um selo de excelência que atesta a qualidade excepcional da formação oferecida aos(às) estudantes em diversos aspectos”, explicou a coordenadora do curso, professora Lis Machado, ressaltando que o MEC não atribui a nota a partir de uma “impressão”, mas de um conjunto rigoroso de critérios, entre os quais estão o projeto pedagógico, o corpo docente, a infraestrutura, as oportunidades e os resultados.

A avaliação, relativa ao processo de reconhecimento do curso, representa a comprovação da qualidade de um trabalho desenvolvido desde a construção do projeto pedagógico da formação, que teve sua primeira turma em 2018 e hoje vê os(as) primeiros(as) egressos(as) com diploma na mão e já empregados(as) como engenheiros(as). É o caso, por exemplo, da engenheira ferroviária e metroviária Bianca Castro. “Estou colhendo os frutos de todo o investimento no estudo. Já posso falar como engenheira, com um cargo de analista em uma grande operadora”, afirmou em julho deste ano, quando celebrou sua formatura.

Para o engenheiro ferroviário e metroviário Felipe Ramon de Araújo, também já atuando na área, as possibilidades de crescimento profissional no setor são notáveis. “São muitas oportunidades. Há pessoas que acham que a ferrovia é coisa do passado, mas não é”, analisou em maio, quando concluiu o curso. “A gente tem investimento, tem setores de inovação trabalhando dia a dia para poder melhorar. É um nicho que só tende a crescer”. 

“A trajetória dos (as) egressos(as) não apenas reforça a percepção de qualidade (do curso), como é a sua comprovação definitiva no mundo real”, salientou a professora Lis.

#pratodosverem: Imagem mostra aula prática no Campus Santos DumontA nota 5 no contexto das Engenharias

A nota máxima atribuída pelo MEC torna o Bacharelado em Engenharia Ferroviária e Metroviária do IF Sudeste MG o curso de graduação em Engenharia Ferroviária mais bem avaliado do país.

“A nota 5 é o mais alto reconhecimento oficial que um curso de graduação pode receber no Brasil. Ele coloca o curso de Engenharia Ferroviária e Metroviária entre os melhores do país, conferindo um prestígio que é reconhecido por empregadores, outras instituições de ensino e no exterior”, lembrou Lis, que também citou o rigor inerente às avaliações de cursos de Engenharia em função do impacto direto da profissão em segurança, infraestrutura e desenvolvimento econômico.

Para a professora, uma atualização curricular constante, em sintonia com a indústria 4.0 e a sustentabilidade, é um dos pontos fundamentais para que a Engenharia Ferroviária e Metroviária siga evoluindo. Lis ainda citou a importância da ampliação da infraestrutura, da internacionalização, da integração com a indústria, de novas oportunidades em pesquisa e pós-graduação e do reconhecimento do curso como uma referência para novos talentos.

#pratodosverem: Imagem mostra aluna Stephany Cristina da Silva durante apresentação em seminário do NDF-MG

Um campus ferroviário

Desde os primeiros anos do IF Sudeste MG em Santos Dumont, o curso técnico em Manutenção de Sistemas Metroferroviários também capacita profissionais para atuar no segmento. O ingresso na formação técnica ocorre no primeiro semestre de cada ano (Processo Seletivo do IF Sudeste MG com inscrições abertas até 17/10), e a Engenharia forma novas turmas no segundo semestre (vagas via Processo Seletivo do IF e Sisu). 

O IF Sudeste MG é também uma das instituições fundadoras do Núcleo de Desenvolvimento Tecnológico Ferroviário de Minas Gerais (NDF-MG), que fomenta a pesquisa e busca soluções inovadoras para desenvolver e modernizar o transporte ferroviário em Minas Gerais.

 


 

Confira a entrevista completa com a coordenadora da graduação em Engenharia Ferroviária e Metroviária, professora Lis Machado, sobre essa conquista tão relevante para a comunidade:

#pratodosverem: Imagem mostra estudante de Engenharia Carolina Sasso em minicurso durante o Seminário de Integração do Setor FerroviárioO que a nota máxima na avaliação do MEC significa no que diz respeito à qualidade da formação oferecida aos estudantes?
Professora Lis Machado: Excelente pergunta. Alcançar a nota máxima (5) na avaliação do MEC é um feito notável e significa muito mais do que simplesmente uma "nota boa". É um selo de excelência que atesta a qualidade excepcional da formação oferecida aos/às estudantes em diversos aspectos. Aqui está o que essa conquista significa na prática:

1. Excelência em todos os critérios avaliados. O MEC não dá uma nota geral baseada em uma impressão. A nota 5 significa que o curso foi avaliado como excelente ou de nível internacional em um conjunto rigoroso de critérios, que incluem:

• Projeto pedagógico: a estrutura do curso, a matriz curricular, os objetivos de aprendizagem e a metodologia de ensino são modernos, alinhados com as demandas do mercado e bem planejado;
• Corpo docente: a instituição conta com um quadro de docentes altamente qualificados, com a maioria possuindo título de mestrado e doutorado, além de experiência prática relevante na área. A dedicação dos/as professores/as à pesquisa e ao ensino é comprovada;
• Infraestrutura: os/as estudantes têm acesso a laboratórios modernos, equipamentos de ponta, bibliotecas com acervo especializado, softwares específicos da área e instalações físicas (salas de aula, laboratórios) que proporcionam um ambiente ideal para o aprendizado teórico e prático;
• Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e estágios: a qualidade das monografias e projetos de fim de curso é alta, demonstrando a capacidade dos/as estudantes de aplicar o conhecimento de forma inovadora. O curso também oferece oportunidades robustas de estágio, conectando os/as estudantes ao mercado de trabalho;
• Resultados: a taxa de empregabilidade dos/as egressos/as é alta, assim como a satisfação dos/as estudantes e ex-alunos/as com a formação recebida.

2. Reconhecimento nacional e internacional. A nota 5 é o mais alto reconhecimento oficial que um curso de graduação pode receber no Brasil. Ele coloca o curso de Engenharia Ferroviária e Metroviária entre os melhores do país, conferindo um prestígio que é reconhecido por empregadores, outras instituições de ensino e no exterior.

3. Formação alinhada com as melhores práticas do mercado. Significa que o conteúdo ensinado não é apenas teórico, mas está profundamente conectado com as necessidades e inovações do setor de transportes sobre trilhos. Os/as egressos/as saem da faculdade preparados para os desafios reais da profissão, com uma base sólida e conhecimentos aplicáveis.

4. Investimento contínuo e comprometimento. Manter um curso com nota 5 exige um comprometimento constante da instituição. Não é um prêmio que se ganha uma vez e esquece. Significa que a faculdade investe continuamente na atualização dos laboratórios, na qualificação dos/as professores/as e na melhoria do projeto pedagógico, garantindo que a qualidade se mantenha no topo ao longo dos anos.

5. Valorização do diploma. Para você, estudante ou futuro egresso/as, isso é extremamente valioso. Um diploma de um curso com conceito 5 no MEC tem um peso enorme no mercado de trabalho. Os recrutadores sabem que esse é um indicador de que o profissional foi formado em um ambiente de excelência, o que abre portas e oferece mais oportunidades de carreira.

O que a nota 5 significa para o estudante:
• Confiança: você pode ter certeza de que está investindo seu tempo e recursos em uma formação de altíssima qualidade;
• Infraestrutura: terá acesso aos melhores laboratórios, equipamentos e recursos de aprendizagem disponíveis;
• Professores/as: será ensinado e orientado por alguns dos melhores mestres e doutores do país;
• Diploma valorizado: seu currículo terá um diferencial competitivo muito forte quando você se formar;
• Rede de contatos: Estará em um ambiente que atrai alunos/as talentosos/as e empresas parceiras de peso, criando uma rede de contatos (networking) valiosa.

Em resumo, a nota máxima do MEC não é um simples número. É uma garantia pública de excelência e um testemunho de que o curso oferece uma formação completa, moderna e de alto nível, preparando os estudantes para se tornarem os melhores engenheiros ferroviários e metroviários do Brasil. Parabéns por fazer parte de um curso com essa distinção!

#pratodosverem: Imagem mostra palestra no Auditório do Campus Santos DumontO quanto a nota é significativa levando em consideração o rigor da avaliação dos cursos de Engenharia?
Professora Lis Machado: Outra excelente pergunta, que vai direto ao cerne do porquê essa conquista é tão extraordinária. A nota máxima é extremamente significativa justamente porque o rigor da avaliação dos cursos de Engenharia é considerado um dos mais altos entre todas as áreas do conhecimento. Aqui está o porquê:

1. O rigor inerente à área de Engenharia. A engenharia, por definição, lida com aplicações críticas que impactam diretamente a segurança, a infraestrutura e o desenvolvimento econômico do país. Um erro de cálculo ou uma falha de projeto pode ter consequências catastróficas. Por isso, o MEC e as entidades de classe (como o Confea/Crea) aplicam um padrão de exigência elevadíssimo. Eles avaliam se a formação garante que o futuro engenheiro terá a competência técnica e ética necessária para assumir tal responsabilidade;

2. A avaliação específica do MEC para Engenharia. O instrumento de avaliação do MEC para cursos de Engenharia é particularmente detalhista e rigoroso. Ele vai muito além de contar quantos/as professores/as têm doutorado. Os avaliadores (que são especialistas da área) focam em:
• Núcleo de conteúdos profissionalizantes: Eles verificam se a carga horária das disciplinas de base (Cálculo, Física, Química) e das disciplinas específicas da Engenharia Ferroviária é robusta e suficiente;
• Integração entre teoria e prática: não adianta ter teoria forte se a prática for fraca. O curso precisa demonstrar como os laboratórios de Física, Química, Materiais, Resistência dos Materiais, Eletricidade, Maker etc. são efetivamente usados para consolidar o aprendizado. No caso da ferrovia, a existência de laboratórios de simulação, vagões didáticos ou parcerias para workshops práticos é crucial;
• Projetos integradores: A capacidade de o curso desenvolver nos alunos/as a habilidade de resolver problemas complexos de engenharia é fundamental. A existência de disciplinas ou projetos onde os alunos/as aplicam conhecimentos de diversas áreas (Mecânica, Elétrica, civil, gestão, logística) para criar uma solução integrada é altamente valorizada;
• Afinidade com o mercado e inovação: O curso precisa estar alinhado com as tecnologias mais modernas do setor (como sistemas de sinalização, controle de trens, materiais compostos, Logística 4.0), e não apenas com o conteúdo tradicional.

3. A concorrência com cursos "tradicionais". A Engenharia Ferroviária e Metroviária é um curso relativamente novo e específico se comparado a Engenharia Civil, Elétrica ou Mecânica. Para alcançar a nota 5, ele não é comparado apenas com outros cursos da mesma modalidade, mas é medido pela mesma régua de excelência aplicada a todos os cursos de Engenharia. Conseguir a nota máxima significa que ele se equipara, ou até supera, em qualidade aos melhores cursos das engenharias mais consolidadas;

4. O "custo" da infraestrutura. Montar e manter a infraestrutura para um curso de engenharia de ponta é extremamente caro. Laboratórios com equipamentos de precisão, softwares de simulação licenciados, bibliotecas especializadas e oficinas representam investimentos significativos e a nota 5 do MEC refletiu essas ações.

O que isso significa no contexto geral? A nota máxima (5) para um curso de engenharia, especialmente um de nicho como o Ferroviário e Metroviário, não é uma "nota alta comum". É um selo de excelência conquistado sob o crivo mais severo do sistema de avaliação brasileiro.

Ela significa que:
• O curso foi aprovado por especialistas rigorosos que sabem exatamente o que procurar;
• A formação oferecida é densa, prática e alinhada com o estado da arte da tecnologia ferroviária;
• O diploma tem um peso específico ainda maior porque os empregadores do setor sabem do rigor envolvido nessa conquista.

Portanto, a significância da nota é amplificada pelo contexto da engenharia. Não se trata apenas de ser um bom curso; trata-se de ser um curso de elite em uma área que exige o máximo de rigor e qualidade. É uma garantia robusta de que a formação que ofertamos está entre o que há de melhor disponível no país.

#pratodosverem: Imagem mostra estudante de Engenharia Thiago Mendes em atividade de projeto de pesquisaA trajetória profissional dos(as) egressos(as) reforça essa percepção de qualidade do curso?
Professora Lis Machado: Essa é, talvez, a prova mais concreta e significativa da qualidade do curso. A trajetória profissional dos/as egressos/as não apenas reforça a percepção de qualidade, como é uma das métricas mais importantes usadas pelo MEC para atribuir a nota 5. A excelência de um curso se materializa no sucesso de seus ex-alunos/as. Um conceito máximo no MEC pressupõe que isso esteja acontecendo. Aqui está como a trajetória dos/as egressos/as funciona como o elo final que valida toda a qualidade do curso:

1. Alta empregabilidade e inserção rápida no mercado. Um curso com nota 5 demonstra, por meio de dados, que seus formandos são absorvidos pelo mercado de trabalho com rapidez e em posições de destaque. No caso específico da Engenharia Ferroviária e Metroviária, que é um nicho com demanda crescente, isso é ainda mais crucial. As empresas do setor (operadoras, construtoras, fabricantes de vagões e sistemas) buscam ativamente os melhores cursos para recrutar talentos. A nota 5 sinaliza que aquele curso é um "vale de talentos" confiável;

2. Reconhecimento e prestígio pelos empregadores. Quando os/as egressos/as de um curso específico se tornam conhecidos no mercado por serem bem preparados, competentes e com capacidade de resolver problemas complexos, isso cria um ciclo virtuoso. O prestígio do curso cresce entre os recrutadores. Eles passam a priorizar currículos daquela instituição, sabendo que o processo de seleção será mais eficiente, pois a "base" já é sólida. Isso é um indicador direto de que a formação oferecida é valorizada na prática;

3. Atuação em projetos de grande impacto. Os/as egressos/as de um curso de excelência tendem a ser alocados em projetos estratégicos, complexos e de alta visibilidade. No setor ferroviário, isso pode significar atuar na construção de novos metrôs, na modernização de ferrovias de carga, na implantação de sistemas de sinalização de última geração ou na gestão de operações de grande porte. Ver ex-alunos/as em posições-chave nessas áreas é a prova final de que a formação foi capaz de prepará-los para os desafios reais da engenharia;

4. Desenvolvimento de carreira e liderança. Não basta apenas estar empregado/a. O MEC e o mercado avaliam a trajetória de crescimento desses/as egressos/as. Um curso de qualidade se reflete em ex-alunos/as que, alguns anos após a formatura, assumem posições de liderança, gerência, coordenação de projetos e especialização técnica. Significa que a base recebida foi suficiente não apenas para o primeiro emprego, mas para uma carreira de longo prazo e sucesso contínuo;

5. Rede de egressos/as fortalecida (networking). Um corpo de ex-alunos/as bem-sucedido cria uma rede de networking extremamente valiosa. Essa rede beneficia os atuais estudantes por meio de:
• Palestras e mentoria: egressos/as bem-sucedidos/as retornam à faculdade para compartilhar experiências;
• Oportunidades de estágio e emprego: eles frequentemente indicam ou recrutam diretamente dos cursos de onde saíram;
• Parcerias empresa-instituição: facilitam projetos de pesquisa e desenvolvimento em conjunto com as empresas onde atuam. A existência de uma rede ativa e bem-sucedida é um sintoma claro de que o curso é respeitado por aqueles que mais importam: quem já passou por ele.

6. O elo de concretização. A nota 5 do MEC é a promessa de uma formação de excelência, baseada em uma avaliação rigorosa de insumos (professores/as, projeto, infraestrutura). A trajetória profissional dos/as egressos/as é a prova de que essa promessa se cumpriu. É a evidência de que aqueles insumos de alta qualidade se transformaram, de fato, em resultados tangíveis: profissionais competentes, valorizados e bem-sucedidos. Portanto, sim, a trajetória dos/as egressos/as não apenas reforça a percepção de qualidade como é a sua comprovação definitiva no mundo real. É o elo que conecta a excelência acadêmica à excelência profissional, fechando com chave de ouro o ciclo que justifica a nota máxima recebida.

#pratodosverem: Imagem mostra atividade prática no laboratório Na avaliação da coordenação do curso, quais são os próximos passos para a Engenharia Ferroviária e Metroviária?
Professora Lis Machado: Ótima e crucial pergunta. A conquista da nota 5 não é um ponto final, mas sim um patamar de excelência a ser mantido e superado. Para a coordenação de um curso com essa distinção, os próximos passos são estratégicos e desafiadores, focados em consolidar a liderança, antecipar o futuro e ampliar o impacto. Aqui estão os prováveis próximos passos, do ponto de vista da coordenação do curso:

1. Atualização curricular contínua e antecipativa. O setor de transportes sobre trilhos vive uma revolução tecnológica. A coordenação não pode se acomodar.
• Foco em Indústria 4.0: integrar de forma ainda mais profunda disciplinas sobre digitalização, IoT (Internet das Coisas) em ferrovias, Big Data para manutenção preditiva, Inteligência Artificial para otimização de operações e cyber segurança para sistemas críticos;
• Sustentabilidade e Energia: Desenvolver conteúdos mais robustos sobre eficiência energética, eletrificação, tecnologias de baterias para trens e hidrogênio verde como combustível;
• Mobilidade como Serviço (MaaS): explorar a integração dos sistemas metroferroviários com outros modos de transporte dentro de plataformas digitais.

2. Ampliação e Modernização da Infraestrutura. Manter a infraestrutura de ponta é uma corrida sem fim:
• Laboratórios de Simulação Avançada: Investir em simuladores de condução de trens e metrôs de última geração e em softwares de simulação de operações e logística que replicam situações reais;
• Laboratório de Materiais e Componentes: Aprofundar a capacidade de pesquisa e testes em materiais compostos, trilhos, amortecedores e sistemas de frenagem;
• Espaços de Inovação: Criar ou ampliar hackspaces ou laboratórios de inovação onde alunos possam desenvolver projetos com impressão 3D, prototipagem rápida e robótica aplicada ao setor.

3. Internacionalização. A nota 5 coloca o curso no radar global. Os próximos passos envolvem:
• Duplo diploma: estabelecer parcerias com universidades de referência mundial na área (na Europa e Ásia, principalmente) para programas de duplo diploma;
• Mobilidade acadêmica: incentivar e facilitar que mais alunos realizem períodos de estudo no exterior e que recebam alunos estrangeiros;
• Pesquisa em colaboração: desenvolver projetos de pesquisa internacionais em conjunto, focados em problemas globais do setor.

4. Aprofundamento da Integração com a indústria. A relação com o mercado precisa ir além dos estágios:
• Cátedras patrocinadas: criar cátedras financiadas por grandes empresas do setor, trazendo executivos para lecionar e direcionar projetos de pesquisa aplicada;
• Centro de Pesquisa Aplicada: estabelecer um centro dedicado a resolver problemas concretos da indústria, funcionando como uma ponte entre a academia e as empresas, gerando inovação e receita para o curso;
• Programas de educação executiva: oferecer cursos de curta duração, especializações e MBAs para profissionais já atuantes no mercado, tornando-se uma referência também na educação continuada.

5. Fortalecimento da Pesquisa e Pós-Graduação. A excelência na graduação é a base para o próximo salto:
• Criação de um Programa de Pós-Graduação stricto sensu (mestrado): Este é um passo natural e quase obrigatório para um curso de nota 5. Ele permite reter os melhores talentos formados na graduação, aprofundar a pesquisa e atrair financiamento;
• Fomento a grupos de pesquisa: consolidar grupos de pesquisa com linhas de atuação bem definidas (ex.: Sistemas de Controle, Logística Ferroviária, Materiais para Trilhos) e que sejam capazes de captar recursos de agências de fomento e da iniciativa privada.

6. Gestão da marca e atração de talentos
• Marketing estratégico: comunicar ativamente a conquista da nota 5 para atrair os melhores alunos do país, não apenas da região;
• Programas de Iniciação Científica e Olímpiadas: Criar programas robustos para identificar e desenvolver talentos desde os primeiros anos do curso, participando de competições nacionais e internacionais de engenharia.

7. Da excelência para a liderança. Para a coordenação, os próximos passos são uma transição de um foco na excelência da graduação para a construção de um ecossistema de inovação e referência nacional no setor.

O objetivo deixa de ser apenas formar bons engenheiros e passa a ser:
• Ser o principal centro de pensamento e inovação para o setor ferroviário e metroviário do país;
• Influenciar políticas públicas e padrões técnicos da área;
• Exportar conhecimento e formar os líderes que irão comandar a transformação do transporte sobre trilhos no Brasil e no mundo.

A nota 5 é o passaporte para esse nível de ambição. Manter essa nota exigirá que a coordenação execute esses próximos passos com visão estratégica e agressividade institucional.

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