Pesquisa
Pesquisa sobre machismo estrutural inclui estágio em instituição portuguesa
A servidora técnica-administrativa Michele Carvalho Lopes de Paiva realizou um estágio de pesquisa no Instituto Politécnico de Bragança (IPB), em Portugal. A atividade fez parte de seu mestrado profissional em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT) e envolveu a aplicação de questionários em cinco turmas de graduação.
O estudo trata da percepção sobre o machismo estrutural no ambiente escolar e no mundo do trabalho e busca compreender como o tema é reconhecido por estudantes e quais caminhos podem ser construídos para o enfrentamento das desigualdades de gênero no contexto da educação profissional.
Durante a permanência no IPB, Michele teve contato com estudantes dos cursos de Licenciatura em Educação Básica, Educação Social e Línguas para Relações Internacionais. As turmas, compostas majoritariamente por mulheres, participaram de atividades e responderam a 82 questionários que agora integram o corpus da pesquisa. A experiência também possibilitou o intercâmbio de práticas educacionais entre Brasil e Portugal.
No Brasil, a coleta de dados foi realizada no Campus Juiz de Fora com uma turma do 3º ano do curso Técnico Integrado em Mecânica. As entrevistas foram feitas com apoio da coordenação do curso e dos professores. Segundo a pesquisadora, os alunos demonstraram receptividade ao tema e contribuíram de forma significativa para a investigação.
A análise dos dados ainda está em andamento, tanto em relação às entrevistas realizadas no Brasil, quanto aos questionários aplicados em Portugal. Como resultado, será desenvolvido um produto educacional voltado ao público adolescente: um mangá que abordará o machismo estrutural a partir de situações do cotidiano no mundo do trabalho.
Embora a metodologia tenha variado entre os dois países, a pesquisadora observa que o machismo estrutural é reconhecido em ambos os contextos. A diferença de faixa etária e de composição das turmas também trouxe elementos distintos para a análise, o que fortalece o caráter comparativo da pesquisa.




