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IF Sudeste MG participa do Fórum Diversamente e reafirma compromisso com a educação inclusiva

Coordenadoras de NAI foram a São Paulo participar do evento, que discutiu a neurodivergência como valor humano e social

No mês de outubro, o IF Sudeste MG marcou presença no Fórum Diversamente, um importante evento sobre neurodivergência realizado no Museu do Ipiranga, em São Paulo (SP). Promovido pela organização Autistas Brasil, o fórum abordou o tema central sob a ótica de eixos como saúde, direito e educação, representando um passo significativo na articulação entre neurodiversidade, inovação e democracia.

Representando o compromisso da instituição com a pauta, a Diretoria de Ações Inclusivas (Dirad) promoveu a participação de quatro coordenadoras de Núcleos de Atendimento a Pessoas com Necessidades Específicas (NAIs): Alexandra Oliveira (Campus São João del-Rei), Luciana Dornellas (Campus Santos Dumont), Milena Amendro (Campus Manhuaçu) e Tatiana Tórpede (Campus Bom Sucesso).

O evento contou com a presença de diversos palestrantes, incluindo pesquisadores internacionais, lideranças comunitárias e pessoas autodeclaradas neurodivergentes, que abriram caminho para reflexões aprofundadas. A proposta de tratar a neurodivergência como um valor, e não apenas como uma questão técnico-assistencial, sinaliza uma mudança de paradigma que coloca o direito de existir e de participar plenamente como premissa para o debate sobre inclusão. 

As falas de pesquisadores de renome, como Lawrence Fung (Stanford University), Juliana Izar da Fonseca Segalla (Universidade de Coimbra) e Francisco Ortega (Universidade de Campinas / Unicamp), ampliaram o olhar sobre as potencialidades neurodivergentes e a justiça cognitiva, reforçando a importância de políticas públicas que valorizem a diversidade. O encerramento do fórum foi marcado pelo lançamento da Federação Brasileira de Neurodiversidade.

O que dizem as participantes

Na visão da coordenadora Milena (Campus Manhuaçu), a experiência foi inspiradora. “Saí do DiversaMente com a certeza de que a inclusão começa pelo olhar, e que compreender a neurodiversidade é um passo essencial para transformar a forma como vivemos, educamos e convivemos em sociedade”, relatou.

A necessidade de mudança de perspectiva também foi destacada por Tatiana (Campus Bom Sucesso). Para ela, “não podemos e não devemos nos enclausurar nas certezas, é preciso olhar pelo viés das potencialidades. A discussão sobre neurodiversidade ultrapassa o campo pedagógico, ela exige um reposicionamento ontológico, epistemológico e político”, defendeu. E é nessa capacidade de romper com paradigmas que se encontra a relevância do Fórum DiversaMente, nas palavras da coordenadora do NAI do Campus São João del-Rei, Alexandra Oliveira. Ela explica que a mudança de visão sobre a neurodiversidade desafia a ideia de que diferenças cognitivas são "problemas a serem corrigidos". "Ao reconhecer que pessoas neurodivergentes - como autistas, indivíduos com TDAH ou dislexia - possuem habilidades únicas, a sociedade passa a valorizar perspectivas que impulsionam a criatividade e a inovação. Isso não é apenas uma questão de empatia, mas de inteligência coletiva. Ou seja, quando ambientes acolhem múltiplas formas de pensar, soluções para desafios complexos emergem de ângulos inesperados. Nesse sentido, o DiversaMente não foi só um evento, foi um movimento que ajudará na construção de um mundo onde ser diferente passa a ser valioso."

 Já a coordenadora do NAI do Campus Santos Dumont, Luciana, destacou a importância da capacitação contínua. “É sempre muito bom poder participar de eventos que contribuem para o aprimoramento do nosso trabalho. Dessa forma, nos sentimos mais seguras para entregar ao nosso público um serviço de qualidade”, afirmou.

Para o diretor de Apoio ao Discente do IF Sudeste MG, Cheilon Camargo, é essencial o suporte da instituição a iniciativas como essa. “O apoio às capacitações dos servidores que trabalham com a educação especial é fundamental. Essas formações são importantes para a formação continuada e para um atendimento cada vez mais qualificado ao público da educação especial”, concluiu.

Com a participação no Fórum Diversamente, o IF Sudeste MG reafirma seu compromisso em contribuir para que o debate sobre neurodiversidade gere não apenas discussões, mas também políticas, práticas e redes capazes de transformar realidades no ensino, no trabalho e na cultura. O objetivo da instituição é romper barreiras, ampliar horizontes e construir caminhos para uma inclusão verdadeira, onde as pessoas com deficiência tenham suas vozes ouvidas e suas potencialidades plenamente realizadas.