Pesquisa
Campus Santos Dumont tem três projetos de pesquisa aprovados em editais do CNPq

#pratodosverem: Imagem mostra palestra em evento sobre o Movimento Negro, da fase de Extensão do projeto (R)Existências. O palestrante Wanderson Marcelino, conhecido como Zangão, do Coletivo Vozes da Rua, está de frente para o público. Sentados, alunos, servidores e outras pessoas assistem à palestra. Ao fundo aparece o painel artístico em homenagem ao Pai da Aviação no Campus Santos Dumont.
O XI Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica do CNPq em parceria com o IF Sudeste MG contará com três projetos do Campus Santos Dumont. (R)Existências: contribuições para a indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão a partir da modalidade estudo de caso, submetido pela professora Bia Possato, e Modelagem Matemática e Aplicações, coordenado pelo professor Samuel Oliveira, foram classificados no edital 03/2020. Um projeto do setor ferroviário, liderado pelo professor Philipe Pacheco, foi aprovado via edital 04/2020. No total, quatro alunos da unidade, de diferentes áreas de formação, participarão dos projetos como bolsistas, além de possíveis colaboradores voluntários em alguns casos.
(R)Existências
A proposta deste projeto, como seu título completo sugere, é uma pesquisa sobre fases anteriores do (R)Existências no IF Sudeste MG. Sob a coordenação dos professores Bia Possato e Helton Nonato, o (R)Existências levou ao IF e à comunidade externa o debate sobre os desafios enfrentados por minorias sociais, dos povos nativos aos imigrantes. Houve exibição de filmes, atividades em sala de aula e rodas de conversa com a participação de movimentos e pessoas que vivenciaram diversas experiências como membros de grupos minoritários. "A proposta é fazer um estudo de caso a partir de um grupo de pesquisa (com a produção de artigos) em que estarão os alunos bolsistas, os voluntários, os técnico-administrativos e os professores que participaram do projeto", destacou Bia.
"Vamos trabalhar a questão teórica, que ampara essa discussão da diversidade, da decolonialidade e da educação. Os alunos que vão participar do projeto são da Licenciatura (em Matemática), pois a ideia é entender como abordar essas temáticas (a exemplo dos movimentos negro e LGBTTI) dentro de uma instituição de ensino. Resgatando essa memória (dessas primeiras fases do (R)Existências), vamos pesquisar como elas podem ser trabalhadas no contexto escolar", concluiu a professora da área de Educação.
Modelagem matemática
O projeto coordenado pelo professor Samuel Oliveira, que também contou com a colaboração da professora Monalisa Reis em seu desenvolvimento, busca ampliar horizontes para os alunos da Licenciatura em Matemática do IF Sudeste MG. Ainda que o curso de graduação seja especialmente dedicado à formação de professores, existem outras possibilidades a serem exploradas no campo da pesquisa.
"Nesse projeto vamos trabalhar com a pesquisa de aplicações matemáticas em duas áreas: escoamento de fluidos em meios porosos, que normalmente é um campo de estudo muito importante do ramo petrolífero, mas aqui com modelos matemáticos aplicáveis para fontes renováveis de energia; o segundo braço será mais voltado à saúde pública, com um estudo sobre a dinâmica populacional de insetos, a exemplo do Aedis aegypti (vetor de diversas doenças)", explicou Samuel.
"O primeiro foco da nossa graduação é a formação dos professores. O segundo foco tem ferramentas básicas da Matemática e um pouco de ferramentas avançadas. Esse projeto traz ao curso esse elemento de interação geral com a Física, com a Computação. A proposta é ajudar o estudante a entender, na prática, como funciona esse campo das aplicações", completou o professor de Matemática.
Setor ferroviário
Novamente, um dos projetos aprovados do Campus Santos Dumont em um edital do CNPq diz respeito ao segmento ferroviário. Esta ação, especificamente, está relacionada à segurança ferroviária. "A proposta é desenvolver um dispositivo para reduzir os efeitos de atropelamentos ou abalroamentos", explicou o coordenador, professor Philipe Pacheco, que, embora reconheça a diminuição no número de acidentes ferroviários, ressaltou também que eles infelizmente continuam sendo um grande problema enfrentado pelas concessionárias e pela sociedade de forma geral.
"A primeira etapa do projeto será baseada em simulação numérica. Em seguida, a prototipagem. Serão utilizados um software e o Laboratório de Simulação Ferroviária do Campus Santos Dumont. A solução que propomos é inovadora para o setor, já que neste momento não é aplicado nada desse tipo nas ferrovias", concluiu o professor, também coordenador da graduação em Engenharia Ferroviária e Metroviária no Campus Santos Dumont.