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Por tolerância e respeito: Campus SD recebe debate sobre relações entre sociedade e religião

Professor convidado Jucelio Maria conversou com estudantes, servidores e colaboradores do IF e ativistas do Movimento Negro Unificado de Santos Dumont
#pratodosverem: Imagem mostra participantes do evento e de sua organização, com a presença de ativistas do Movimento Negro Unificado de Santos Dumont, servidores e colaboradores do IF Sudeste MG, representantes do Cras Edir Ramos de Faria e o professor Jucelio Maria.

#pratodosverem: Imagem mostra participantes do evento e de sua organização, com a presença de ativistas do Movimento Negro Unificado de Santos Dumont, servidores e colaboradores do IF Sudeste MG, representantes do Cras Edir Ramos de Faria e o professor Jucelio Maria.

A quinta-feira começou com uma rica roda de conversa no Campus Santos Dumont do IF Sudeste MG. Estudantes, servidores e colaboradores da instituição receberam o professor convidado Jucelio Maria, especialista em História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, para um bate-papo sobre as relações entre sociedade e religião. O diálogo também abordou diversas formas de expressão do racismo ainda presentes no contexto brasileiro.

O encontro foi realizado em parceria com o Movimento Negro Unificado de Santos Dumont e contou com a participação de ativistas do grupo. Neste 24 de agosto (data definida em homenagem ao abolicionista Luís Gama), diversas organizações do movimento negro no Brasil coordenaram manifestações pelo fim da intolerância religiosa e da violência racista. A mobilização se intensificou a partir do assassinato da líder quilombola e ialorixá Mãe Bernadete, no quilombo Pitanga dos Palmares, em Simões Filho (BA).

O professor Jucelio ressaltou a importância de os movimentos se articularem e promoverem manifestações e debates nesses momentos. Para ele, no entanto, é preciso que essa mobilização seja uma realidade permanente, e não restrita a ocasiões específicas. Assim, ele valorizou o trabalho desenvolvido no Campus Santos Dumont do IF Sudeste MG pela professora Aline Loli, organizadora do evento da quinta-feira e incentivadora de um diálogo constante sobre o tema em salas de aula e outros espaços de aprendizagem.

Também foi debatido um Brasil pós-abolição da escravatura, em que a sociedade não gerou oportunidades de integração para a população negra, exacerbando o racismo como forma de discriminação em diversos segmentos (inclusive com a intolerância às religiões de matriz africana). Por isso, numa sociedade que ainda não superou distorções e injustiças históricas, é fundamental o engajamento de toda a população no movimento antirracista. Como ressaltou o professor, “é preciso dizer sim à tolerância, ao respeito e a caminhos que construam pontes entre as pessoas”.

Durante todo o evento, o professor de História dialogou com ativistas do MNU e estudantes, servidores e colaboradores do Campus Santos Dumont. Na parte inicial do evento, representantes do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Edir Ramos de Faria compartilharam com os alunos informações sobre a instituições e os serviços prestados por ela.

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