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Projeto do IF que promove visitas mediadas a Cabangu conclui etapa com centenas de pessoas atendidas

Estudantes de 11 instituições e outros visitantes tiveram acesso aos guiamentos oferecidos por uma equipe ligada ao curso técnico em Guia de Turismo na casa natal de Alberto Santos Dumont
Exibir carrossel de imagens #pratodosverem: Imagem mostra bolsistas do projeto orientando estudantes durante guiamento no Museu Casa de Cabangu

#pratodosverem: Imagem mostra bolsistas do projeto orientando estudantes durante guiamento no Museu Casa de Cabangu

Em um semestre, mais de 800 pessoas tiveram uma experiência histórico-cultural enriquecida por um projeto de extensão do Campus Santos Dumont do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais (IF Sudeste MG). De setembro de 2024 a fevereiro de 2025, visitas ao Museu Casa de Cabangu às quartas-feiras e aos sábados foram mediadas pela equipe da iniciativa, formada por estudantes do curso técnico em Guia de Turismo da instituição e profissionais que já atuam no segmento turístico. Essa foi a terceira edição do projeto, executado desde 2022, sempre em parceria com a Fundação Casa de Cabangu.

Cerca de 600 estudantes de 11 instituições de ensino públicas e particulares de Santos Dumont e região, por volta de 230 cidadãs e cidadãos nas chamadas visitas espontâneas (sem associação com grupos de visitantes) e alunas do Programa Mulheres Mil conheceram os espaços, os objetos e as curiosidades da vida e da obra do Pai da Aviação em sua casa natal. Conforme lembra uma das coordenadoras do projeto, professora Izabel Rodrigues, essa é uma proposta não apenas para a preservação da memória, mas também para a formação das pessoas, promovendo atividades de acolhimento, mediação e promoção do conhecimento.

"Os representantes das escolas atendidas pelo projeto demonstraram grande satisfação com a visita mediada pelos bolsistas, ressaltando as possibilidades de conhecimento, que vão além dos fatos históricos associados à vida de Santos Dumont", relata Izabel. Um deles é o major aviador Luiz Angelo Galvão Candian, comandante do 2º Esquadrão do Corpo de Alunos da Escola Preparatória de Cadetes do Ar (Epcar), que salienta o impacto positivo da visita para o grupo: "ficaram vislumbrados com a história de Santos Dumont e do local, bem como elogiaram bastante a maneira como fomos acolhidos pelo pessoal do projeto".

A equipe do "Visita Mediada - Museu Casa de Cabangu" conta com seis estudantes bolsistas, a também coordenadora Danielle Uchôa, o servidor Leonardo Jardel e duas colaboradoras externas que são egressas do curso técnico em Guia de Turismo do Campus Santos Dumont: a historiadora Andréia Oliveira e a turismóloga Vívian Chagas.

A experiência dos bolsistas
Na perspectiva dos alunos, a possibilidade de associar a formação do curso técnico em Guia de Turismo às experiências práticas oferecidas pelo projeto faz toda a diferença. A bolsista Maria Antônia Santos destaca a melhora em sua comunicação: "agora me sinto segura para guiar qualquer público no museu". A capacidade de se adaptar a públicos de diferentes faixas etárias também foi um fator importante para a aluna Mariana Gonçalves, que citou a evolução no guiamento de "grupos variados, ajustando a linguagem e a abordagem conforme a idade e o nível de conhecimento dos visitantes".

Nicholas Oliveira valoriza a diversidade de experiências em relação à origem dos visitantes. "Enquanto fazia as mediações com pessoas de fora (a exemplo de turistas argentinos e europeus, nas visitas espontâneas aos sábados), sentia que estava construindo uma narrativa cultural com eles, criando um acesso à história local e levando aprendizado de uma maneira divertida", avalia. Para Emmily Andrade, a pesquisa que antecedeu os guiamentos fez toda a diferença: "o período de estudo, treinamento e preparação foi essencial para garantir que estivéssemos prontos para conduzir as mediações com segurança e qualidade".

A importância de uma boa preparação para os guiamentos, associada à criatividade, também foi percebida na prática por Ellene Silva: "muitos visitantes fazem perguntas inesperadas (a respeito de histórias e informações envolvendo Alberto Santos Dumont e o museu), o que nos desafia a aprender ainda mais e a encontrar formas criativas e adaptadas de explicar os conteúdos". Por falar em surpresas, para a bolsista Larissa Silva um dos episódios mais marcantes durante o projeto foi a espontaneidade da reação de uma criança que participava de um guiamento: "ficou impressionado com a história de Alberto e falou que o maior ídolo dele agora era Santos Dumont".

São experiências que confirmam: os resultados do investimento em conhecimento, história e cultura podem ser surpreendentes e repercutir por gerações.

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