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Projeto promove debate sobre impacto da pandemia em povos indígenas

Três representantes de povos originários participaram do evento, transmitido ao vivo pelo Campus Santos Dumont via YouTube
#pratodosverem: Imagem mostra estúdio virtual de transmissão. Aparecem a professora Bia Possato, a representante Xavante, Indiana Petsirei, o representante Pataxó, Cacique Ararawê, a representante Tukano, Clarice Arbella, e o professor Emerson Guerra

#pratodosverem: Imagem mostra estúdio virtual de transmissão. Aparecem a professora Bia Possato, a representante Xavante, Indiana Petsirei, o representante Pataxó, Cacique Ararawê, a representante Tukano, Clarice Arbella, e o professor Emerson Guerra

O grupo de pesquisa (R)Existências ofereceu à comunidade do Campus Santos Dumont do IF Sudeste MG e ao público externo uma muito valiosa oportunidade de aprendizado na noite da última terça-feira, 27 de outubro. Um debate transmitido ao vivo pelo YouTube, com a participação de três lideranças de povos originários brasileiros, tratou do impacto da pandemia sobre grupos indígenas.

Falaram ao público Indiana Petsirei'o Dumhiwe, do Povo Xavante (Mato Grosso), Clarice Arbella, do Povo Tukano (Amazonas), e o Cacique Ararawê, do Povo Pataxó (Bahia). A conversa foi mediada pelo professor e indigenista Emerson Guerra, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e do grupo de pesquisa GeoPovos, e pela professora Bia Possato, do IF Sudeste MG, coordenadora do (R)Existências ao lado do também docente Helton Nonato. Convidado, Ismael Ahpract, do Povo Krahô (Tocantins), não pôde participar por motivo de força maior.

O vídeo do debate está disponível aqui

Ainda que tenha sido dedicado especialmente à apresentação das implicações da Covid-19, o debate também passou por outros aspectos da questão indígena no Brasil, como a defesa dos territórios e o envolvimento da população em geral nas causas dos povos originários.

"A pandemia afetou muito mais as pessoas que não têm renda, pessoas mais humildes. É muito difícil lidar com o luto quase diariamente. A pandemia deixou todo mundo isolado. E como você vai isolar as pessoas que moram dentro da comunidade indígena, se esse povo sempre foi coletivo e viveu num ambiente familiar?", lamentou Indiana, coordenadora técnica local no município de Nova Xavantina.

Presidente da Associação das Mulheres Indígenas do Alto Rio Negro, no Amazonas, Clarice Arbella lembrou que, embora a situação seja difícil, "a esperança renasce a cada gesto de solidariedade dos parceiros, de empatia, de reconhecer que a luta é de todos nós e todas as vidas importam, independentemente de cor, posição ou gênero".

"Que a nação não indígena reconheça os índios como verdadeiros seres humanos, porque somos seres humanos. A diferença são os costumes, a cultura, mas o sangue não tem diferença. Conheça o índio, o ser humano, e não só pelos livros de História", sugeriu o Cacique Ararawê.

Após as falas iniciais, os convidados responderam às perguntas apresentadas pelo público por meio do chat do vídeo. Este foi o primeiro evento da série "Encontros: Diversidade Indígena e Desafios Contemporâneos", promovida pelo projeto (R)Existências. A comissão organizadora contou com diversos representantes de muitas instituições:

Comissão Organizadora

  • Beatris Cristina Possato – Docente do IF Sudeste MG – Campus Santos Dumont
  • Eliziane Silva Santos Suira – representante do povo Kariri-xocó – aluna da UNEAL - AL
  • Emerson Ferreira Guerra – Docente da UFRRJ
  • Francisco Palmieri Montessi Do Amaral – Mestrando da USP
  • Ilaine Da Silva Campos- Docente da UFMG
  • Juliana Pereira Dos Santos- Docente da UNEMAT
  • Mariceia Meirelles Guedes – representante do povo Pataxó – docente formada pela IFBA
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