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Consciência Negra: IF Sudeste MG reflete sobre o tema

Ter um dia dedicado à Consciência Negra é importante para refletirmos sobre o que precisa ser mudado e também para comemoramos as conquistas.

Estamos no mês da Consciência Negra. O dia 20 de novembro é o marco da reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A data foi escolhida por coincidir com o dia atribuído à morte de Zumbi dos Palmares, em 1695, um dos maiores líderes negros do Brasil que lutou pela libertação do povo contra o sistema escravista.

Ter um dia dedicado à Consciência Negra é importante para refletirmos sobre o que precisa ser mudado e também para comemoramos as conquistas: “Precisamos comemorar a libertação e os direitos adquiridos ao longo dos anos, depois de muito sofrimento. E lembrar o quão perverso o ser humano já foi, para nunca mais repetirmos os mesmos erros. A sociedade precisa evoluir muito e este dia traz à tona fatos e acontecimentos para que possamos refletir e mudar”, afirma Juliana Aparecida da Silva Vidal, Analista de Tecnologia da Informação do IF Sudeste MG.

Para a Servidora pública, o que ainda falta no Brasil pode ser definido em uma palavra: “Acredito que o mais essencial é o respeito. Só quero estar em qualquer lugar e ser, no mínimo, respeitada, como qualquer outro indivíduo, sem ser olhada de cima para baixo”, afirma Juliana.

É impossível passar por este dia sem abordar o tema do racismo. Esta mazela está presente no esporte, nas escolas, na cultura, na educação e em todos os lugares e situações. Maria Luiza Magalhães, estudante de Matemática do Campus Santos Dumont do IF Sudeste MG, reflete sobre a situação dos negros no ambiente acadêmico: “Somos a maioria da sociedade brasileira, mas não somos a maioria no ambiente acadêmico, entre alunos, professores e diretores”, aponta ela.

Esta disparidade no ambiente acadêmico resulta em menor número de oportunidades em todos os ambientes, é o que afirma Juliana: “Como na maioria dos lugares, onde se tem uma condição um pouco melhor, há poucos negros, assim também acontece no serviço público. A maioria dos negros não tem acesso a serviços básicos e muitas vezes fica pelo caminho. Apesar de existirem cotas para as universidades e, recentemente, para o serviço público, muitos negros não conseguem nem chegar às universidades por não terem condições de estudo e por enfrentarem mais de frente a violência e as condições adversas do lugar de onde vivem”.

"O Racismo não nos define"

Permita que eu fale, não as minhas cicatrizes
Elas são coadjuvantes, não, melhor, figurantes
Que nem devia tá aqui
Permita que eu fale, não as minhas cicatrizes
Tanta dor rouba nossa voz, sabe o que resta de nós?
Alvos passeando por aí
Permita que eu fale, não as minhas cicatrizes
Se isso é sobre vivência, me resumir à sobrevivência
É roubar o pouco de bom que vivi
Por fim, permita que eu fale, não as minhas cicatrizes
Achar que essas mazelas me definem é o pior dos crimes
É dar o troféu pro nosso algoz e fazer nóis sumir

AmarElo - Emicida

Maria Luiza Magalhães afirma que o racismo é algo muito forte no Brasil e que mata e invisibiliza pessoas: “O corpo negro está constantemente representado nas páginas dos jornais como assassino ou assassinado. Nosso corpo não é um alvo, não podemos ser atacados, precisamos ser representados da forma real, vamos além dos estereótipos, temos muita história, muito além do que é representado na mídia. Fingir que as coisas não acontecem não é solução. As crianças precisam crescer tendo seus traços negros valorizados. Acredito que a solução para o racismo é a informação”. Nesse sentido, ações como as promovidas pelo IF Sudeste MG são fundamentais.

Acabar com o racismo estrutural que insiste em existir em nossa sociedade. Este foi o foco do evento comemorativo ao Dia Nacional da Consciência Negra no Campus Rio Pomba. A atividade contou com a apresentação do Coral Vozes do Vale, de palestras sobre questões étnico-raciais e mostra de vídeos. “Em uma época em que a negação do racismo ganhou força, temos que trazer à tona este tipo de reflexão e problematização”, explica um dos organizadores, o professor de Sociologia Urias Gonçalves.

Na última quarta-feira (20 de novembro), em parceria com o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi) da unidade, o Eu Extraordinário: Processos Criativos promoveu o evento “Liga Extraordinária”, dedicado também à celebração do Dia da Consciência Negra. O Eu Extraordinário: Processos Criativos é um projeto de Ensino do Campus Santos Dumont que propõe a um grupo de estudantes do primeiro ano de cursos técnicos integrados ao Ensino Médio a ampliação de seus horizontes por meio da criatividade.

Com informações de:

Wikipedia e

Sites dos Campi Rio Pomba e Santos Dumont

 

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