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Saiba como foi a defesa inédita de professor do IF Sudeste MG

O que faz o feito inédito é que é a primeira vez que um docente do instituto opta pela defesa e não pelo memorial para tornar-se professor titular

No último dia 13, o professor do Campus Rio Pomba, Rafael de Freitas e Souza, defendeu a tese  "VIAJAR É PRECISO: A saga dos viajantes europeus em Minas Gerais no século XIX". Foi através da defesa que o docente tornou-se professor titular do IF Sudeste MG. O que faz o feito inédito é que é a primeira vez que um docente do instituto opta pela defesa e não pelo memorial, que é o outro meio possível para que um professor se torne titular. 

No canal oficial do IF Sudeste MG no Youtube, há um vídeo sobre a defesa: https://www.youtube.com/watch?v=fUQwtBJUrIo.

Professor Titular do IF Sudeste MG

Em 2013, criou-se o cargo de professor titular nos institutos federais, e, para que os professores pudessem alcançar este nível na carreira, alguns requisitos passaram a ser exigidos. São eles: ter o título de doutor, estar a 24 meses no nível anteriormente mais alto da carreira (nivel D404) e lograr aprovação de memorial ou de defesa de tese acadêmica inédita. O memorial deverá considerar as atividades de ensino, pesquisa, extensão, gestão acadêmica e produção profissional relevante; ou de defesa de tese acadêmica inédita.

Atualmente o IF Sudeste MG tem cerca de 70 professores titulares e todos eles escolheram a apresentação do memorial como forma de alcançar o título. 

 A tese

A tese intitula-se "VIAJAR É PRECISO: A saga dos viajantes europeus em Minas Gerais no século XIX". O texto, conforme seu autor, divide-se em três partes principais:  Em primeiro lugar, recupera, sob o ponto de vista histórico, o interesse dos povos europeus desde a antiguidade pelas terras e povos distantes. Demonstra que as motivações para esses deslocamentos não eram apenas econômicas, mas também religiosas, militares, profissionais, terapêuticas e também pelo sonho de viver uma vida nova num mundo novo, sobretudo depois da "descoberta" da América. Em seguida, argumenta que após a transferência da Corte portuguesa para o Brasil em 1808, aumentou muito o interesse das potências europeias por nossas riquezas naturais, dentre elas o ouro. Por essa razão, dezenas de viajantes percorreram as Províncias, sobretudo Minas Gerais, registrando por meio de relatos de viagens e imagens a exuberante natureza tropical, os hábitos sociais, o cotidiano da escravidão e o potencial da mineração. Afinal, o objetivo principal era fornecer informações sobre este setor da economia aos governantes e investidores das nações industrializadas. Por fim, apresenta-se uma análise crítico-descritiva de uma das gravuras produzidas pelo artista-viajante alemão Johann Moritz Rugendas que esteve em Minas naquela centúria,  intitulada Lavagem do minério de ouro, perto da montanha Itacolomi. Trata-se de uma das mais conhecidas imagens que retrata o processo extrativo do ouro no século XIX e frequentemente usada em livros didáticos de história.