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Ensino

Estudante do IF Sudeste MG é contemplada com Bolsa Permanência

Benefício é concedido pelo Programa Bolsa Permanência e pretende viabilizar a permanência de estudantes indígenas e quilombolas

Em julho deste ano, por meio do Edital Nº 25/2023, a Pró-reitoria de Ensino do IF Sudeste MG deu início ao processo de seleção de estudantes de graduação presencial, enquadrados na condição de quilombolas ou indígenas, para formação de cadastro de reserva do Programa Bolsa Permanência. Uma aluna foi selecionada e já está recebendo o benefício. 

O Programa

Criado em 2013, o Programa Bolsa Permanência é uma ação afirmativa específica para estudantes indígenas e quilombolas matriculados em cursos de graduação presencial nas Instituições Federais de Ensino Superior (IES) do País, tendo como finalidade promover a democratização do acesso ao ensino superior e viabilizar a permanência desses estudantes.

A bolsa é um auxílio financeiro que tem por finalidade minimizar as desigualdades sociais, étnico-raciais e contribuir para a permanência e diplomação dos(as) estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica.

Neste sentido, durante a seleção, são levadas em consideração as especificidades dos estudantes com relação à organização social de suas comunidades, condição geográfica, costumes, línguas, crenças e tradições, conforme a Constituição Federal.

O Programa é gerido em âmbito nacional por um sistema próprio que é o Sistema de Gestão da Bolsa Permanência – SISBP, cabendo às IES, como é o caso do IF Sudeste MG, realizarem a publicação e a divulgação de seus editais próprios com os critérios de seleção, documentação e demais observâncias às legislações pertinentes ao Programa. Neste contexto, no ano de 2023, o IF Sudeste MG publicou o edital (Edital Nº 25/2023), que contemplou uma estudante quilombola entre as duas inscritas.

Ludimila Sinfronino Simião, estudante do curso de Tecnologia em Alimentos do Campus de Barbacena, está satisfeita com o recebimento da bolsa e comenta sobre ela: “Este auxílio é de suma importância, pois além do reconhecimento pela minha etnia, ele ajuda a custear as despesas, possibilitando que eu dê continuidade aos meus estudos”, afirma a jovem. 

Ludimila mora em uma comunidade que incentiva a educação como direito, assim como o IF Sudeste MG. Diante disso, a estudante comenta sobre a oportunidade de estudar em uma instituição que além de pública, gratuita e de qualidade, é inclusiva:

“Como sempre estudei em escola pública, fazer parte de uma instituição pública também é um privilégio, pois isso representa muito em minha vida. O quilombo da comunidade da Chácara, onde vivo, sempre apoia os estudantes da comunidade, falando de seus direitos e deveres, fazendo com que os estudantes se sintam motivados a estarem sempre se dedicando e correndo atrás dos objetivos e nunca desacreditando dos sonhos”, relata Ludimila. 

Por novas oportunidades

“Apesar de o IF Sudeste MG ter sido contemplado com apenas uma bolsa, tal seleção foi um marco muito importante enquanto uma política de Ação Afirmativa que se efetivou, verdadeiramente, no âmbito da instituição. Uma vez que a coordenação, que é vinculada à Diretoria de Apoio ao Discente, teve que fazer uma busca ativa em cada unidade para tentar localizar estudantes que poderiam se candidatar ao Programa e depois repassar as orientações para se inscreverem, seguindo as regras previstas no edital. Além disso, uma estudante da Instituição estar recebendo a bolsa, ‘abre portas’ para que outros estudantes que são autodeclarados(as) quilombolas ou indígenas, possam reivindicar o auxílio. Especialmente neste momento de atualização da Lei de Cotas que incluiu os(as) quilombolas com um grupo de direito”, relata o coordenador de Assistência Estudantil da Reitoria, Diogo Pereira Matos. 

Nova Lei de Cotas

A nova Lei de Cotas, citada por Diogo, foi sancionada no dia 13 de novembro, mês dedicado à Consciência Negra, e manteve a base da lei, criada em 2012: metade das vagas das universidades e instituições federais fica reservada para alunos de escolas públicas de baixa renda, pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência. Mas, trouxe algumas boas mudanças, dentre elas, a inclusão de estudantes quilombolas nas cotas. Outra mudança importante: os cotistas vão primeiro disputar as vagas gerais, destinadas a todos os estudantes. Se não conseguirem a vaga na chamada ampla concorrência, usam as notas que tiraram para disputar as vagas previstas nas cotas. Leia mais em: https://www.ifsudestemg.edu.br/noticias/reitoria/2023/11/no-mes-da-consciencia-negra-ratificacao-e-ampliacao-da-lei-de-cotas-traz-esperanca-de-mais-igualdade