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Rostos femininos por trás das máscaras: IF Sudeste MG celebra Dia Internacional da Mulher!

As mulheres do IF Sudeste MG são múltiplas, e, em sua multiplicidade, contribuem para uma sociedade melhor. Dentre elas, estão estudantes e profissionais de saúde.
Exibir carrossel de imagens #Pratodosverem: arte em tons de lilás. Na parte esquerda, há a silhueta da cabeça de uma mulher. O desenho é composto por outras silhuetas de cabeças de mulheres, em tamanho menor, simbolizando a multiplicidade feminina. Na primeira metade do lado direito, há a expressão "Mulheres múltiplas, 8 de março", e, embaixo, centralizada, a frase: "IF Sudeste MG celebra Dia Internacional da Mulher".

#Pratodosverem: arte em tons de lilás. Na parte esquerda, há a silhueta da cabeça de uma mulher. O desenho é composto por outras silhuetas de cabeças de mulheres, em tamanho menor, simbolizando a multiplicidade feminina. Na primeira metade do lado direito, há a expressão "Mulheres múltiplas, 8 de março", e, embaixo, centralizada, a frase: "IF Sudeste MG celebra Dia Internacional da Mulher".

O IF Sudeste MG tem em sua comunidade mulheres fortes, com diferentes perfis e atuações na sociedade. Durante essa semana, vamos "ouvir" o que algumas delas  têm a dizer sobre ser mulher e sobre ser mulher na pandemia. Dentre elas, estão estudantes e profissionais de saúde. 

Em 2021, o Dia Internacional da Mulher e o marco de um ano da chegada do coronavírus em terras brasileiras são datas próximas. Em comum, as datas trazem a necessidade de muita luta e reflexão. As disparidades entre homens e mulheres, em diferentes ambientes, e a expansão do coronavírus ainda são mazelas difíceis de serem vencidas. As mulheres vêm conquistando muitas coisas, assim como a ciência também fez importantes descobertas em tempo recorde. Mas, qual é a justificativa para falarmos dos dois assuntos em um único texto? A resposta é simples: Nos hospitais, a maioria dos rostos por trás das máscaras, molhados de suor de lágrimas,  são femininos.

Segundo as pesquisadoras Elizabeth Sousa Cagliari Hernandes e Luciana Vieira, no artigo "A guerra tem rosto de mulher: trabalhadoras da saúde no enfrentamento à Covid-19", a pandemia de Covid-19 impõe, na área da saúde, a necessidade de ações simultâneas de atendimento emergencial, planejamento e pesquisa e, ainda, um olhar atento às questões de gênero em todas essas ações.

Dentre os efeitos imediatos dessa pandemia, o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) destaca a acentuação das desigualdades de gênero e a piora da qualidade de vida das mulheres. Além disso, mostra a predominância das mulheres na força de trabalho da saúde e, por conseguinte, na linha de frente do combate à Covid-19: em nível global, cerca de 70% das equipes de trabalho em saúde e serviço social são compostas por profissionais do sexo feminino, incluindo, além de médicas, enfermeiras, parteiras e trabalhadoras de saúde da comunidade.

O Brasil segue o padrão mundial. Estimativas do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), com base em dados do IBGE, indicam que mulheres representam 65% dos mais de seis milhões de profissionais atuantes no setor público e privado de saúde, em todos os níveis de complexidade da assistência. Em algumas carreiras, como Fonoaudiologia, Nutrição e Serviço Social, elas ultrapassam 90% dos profissionais e em outras, como Enfermagem e Psicologia, representam mais de 80%. Estima-se, ainda, que 69,2% das pessoas trabalhando na administração direta da área da saúde, a gestão federal do SUS, são mulheres.

A força e a importância das mulheres na sociedade em todos os momentos é inquestionável. E tais características têm se feito presente em meio a guerra contra a covid-19. As disparidades entre homens e mulheres e a sobrecarga sobre elas também são inquestionáveis, e, assim, como o coronavírus, precisam ser combatidas. Enquanto isso não acontece, mulheres do Brasil, mulheres do IF Sudeste MG, continuam lutando, com jornadas duplas, e contribuindo para uma sociedade melhor, cuidando do outro, ainda que muitas vezes não sejam cuidadas e não saibam como será o amanhã: 

"A pandemia da Covid-19 sem sombra de dúvidas está sendo fundamental para o meu crescimento, não só pessoal quanto profissional. Eu, no meu ambiente de trabalho, vejo o quanto necessitamos do outro, do trabalho em equipe e da solidariedade. Podemos ter tudo, muito dinheiro, mas sem saúde, não somos e não teremos nada. Este momento está ensinando a importância de todos nós sentirmos um pouco o que é ser profissional da área da saúde, pois independente de posicionamentos políticos e ideológicos, é preciso ter a responsabilidade de cuidarmos primeiramente de nós, e assim, consequentemente, estaremos cuidando do outro. Eu, enquanto ser social, durante o isolamento devido à contaminação pelo vírus, refleti sobre a importância da vida, e cheguei à conclusão de que ser mulher na pandemia é ser empoderada, pois mesmo com medo de não saber do amanhã é preciso seguir, é preciso levantar e sacudir a poeira, é preciso aproveitar as oportunidades e buscar o conhecimento, pois só assim iremos nos tornar o ser humano que queremos em busca de um mundo melhor e igualitário".

Dayane Mara Mariano, aluna  de Letras do Campus São João del-Rei

e técnica em enfermagem na Santa Casa da Misericórdia da cidade.

 

O IF Sudeste MG parabeniza às profissionais da área da saúde do Brasil. Além disso, deposita esperanças nas estudantes dos cursos desta área da instituição. Parabéns às mulheres que lutam para salvar vidas! Nosso orgulho e gratidão! 

No próximo texto vamos ver o que mulheres do IF têm a dizer sobre os desafios do trabalho remoto. 

 

*O texto traz informações do artigo "A guerra tem rosto de mulher: trabalhadoras da saúde no enfrentamento à Covid-19", das pesquisadoras Elizabeth Sousa Cagliari Hernandes e Luciana Vieira, e pode ser lido na íntegra no link: http://anesp.org.br/todas-as-noticias/2020/4/16/a-guerra-tem-rosto-de-mulher-trabalhadoras-da-sade-no-enfrentamento-covid-19.