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ProfEPT: projeto defende importância da adaptação da escola para alunos surdos

Trabalho desenvolvido por servidora do Núcleo de Ações Inclusivas do Campus Rio Pomba mostra barreiras para inclusão dos surdos.
#Pratodosverem: Cena de um dos vídeos produzidos pelo projeto. Nela, há um aluno surdo conversando em Libras com outras pessoas dentro da biblioteca.

#Pratodosverem: Cena de um dos vídeos produzidos pelo projeto. Nela, há um aluno surdo conversando em Libras com outras pessoas dentro da biblioteca.

Neste período de isolamento social, as lives de cantores e bandas passaram a fazer parte da agenda da população. Mas não são só as músicas e a performance dos artistas que têm chamado a atenção. Os intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (Libras) se destacaram ao proporcionar acessibilidade aos surdos durante os shows.

Isto traz a reflexão da importância da inclusão das pessoas com deficiência na sociedade. A escola deve ser um dos principais incentivadores disso. Com foco nesta atuação, a servidora do Núcleo de Ações Inclusivas (NAI) do Campus Rio Pomba , Rosângela Cancela, desenvolveu o projeto “Desafios e possibilidades na acessibilidade atitudinal entre estudantes surdos e ouvintes do IF Sudeste MG – Campus Rio Pomba”, durante o Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT). Como produto final, ela produziu vídeos educativos que demonstram a realidade dos estudantes surdos e a importância de ter uma sociedade inclusiva.

Durante a realização da pesquisa, Rosângela fez entrevistas com alunos surdos e ouvintes a respeito do cotidiano na instituição, tendo como objetivo identificar as barreiras e as possibilidades na acessibilidade a partir das atitudes dos membros da comunidade acadêmica.

“Os resultados apontaram para um desconhecimento da cultura surda e das peculiaridades dessa cultura pelos estudantes surdos e ouvintes. Esse desconhecimento contribuiu para o enrijecimento das barreiras atitudinais, dificultando a inclusão, a convivência e a efetivação dos processos de aprendizagem dos estudantes”, analisa.

Vídeos

Com base nos relatos, foram elaborados quatro vídeos educativos, criando a série "Meu corpo surdo que se comunica". O primeiro deles mostra a importância do conhecimento da cultura surda baseada nos gestos.

 

O segundo apresenta as dificuldades encontradas pelos estudantes surdos em uma comunidade que desconhece Libras. Mas, para isto, encena uma realidade contrária. Um aluno ouvinte dentro de uma escola em que todos se comunicam apenas pelos sinais.

 

O terceiro vídeo apresenta uma instituição adaptada ao cotidiano dos surdos.

 

O último apresenta depoimento de dois estudantes surdos do Campus Rio Pomba.

 

A intenção é que os vídeos sejam utilizados pelos NAIs do IF Sudeste MG para auxiliar na inclusão dos estudantes surdos.

Defesa a distância

Como a equipe do ProfEPT está trabalhando a distância, respeitando as regras de isolamento social, Rosângela participou também de uma nova forma de defesa de projeto. No dia 16 de abril, apresentou sua pesquisa aos avaliadores por meio de videoconferência.

 “Muitas vezes, temos resistência às tecnologias, mas, em situações que não podemos fugir delas, percebemos o quanto são importantes para nossa vida e que elas existem para contribuir com nosso dia a dia”, ressalta, lembrando que, além de ter recebido as contribuições para seu trabalho da mesma forma que em uma apresentação presencial, ainda teve a vantagem de levar sua apresentação para um grupo maior de pessoas por meio da internet.